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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

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Mulher mexicana ficou com uma granada a ponto de explodir alojada em seu rosto

Karla Flores, uma vendedora de rua de 32 anos de idade, de Culiacán, México, pode considerar-se sortuda depois de ter sobrevivido ao ser atingida no rosto com uma granada.
Ou nem tão sortuda assim.
Em 6 de agosto de 2011, a “Mulher Milagre”, como ficou conhecida, estava vendendo frutos do mar na rua quando, de repente, ouviu uma explosão.
Conforme ela se virou para ver o que tinha acontecido, foi atingida no rosto por um objeto, e o impacto poderoso a levou a cair na calçada. Karla sentiu uma sensação de queimação no rosto, e quando o tocou, havia muito sangue.
Ela desmaiou depois disso, mas felizmente um transeunte anônimo a levou em seu carro para o hospital mais próximo. Lá, Karla acordou e os médicos lhe perguntaram sobre a ferida. A mulher disse que achava que uma pedra a havia acertado. Mas investigações posteriores revelaram que foi algo bem mais mortífero do que uma pedra.
Depois de raios-X e tomografias, os médicos chegaram a conclusão de que algum tipo de projétil estava preso entre suas mandíbulas superior e inferior, e peritos militares chamados ao local identificaram o projétil como um explosivo armado de uma granada.
Ele tinha sido expelido com um lançador de granadas, o que causou o barulho que Karla ouviu, mas não detonou quando atingiu seu rosto.
Ainda assim, a granada era extremamente perigosa; apenas um movimento errado e poderia matar todo mundo num raio de 10 metros. Os pacientes e funcionários do hospital foram evacuados, mas algo tinha de ser feito para ajudar Karla, que mal podia respirar com o projétil travado no lado de seu rosto.
A maioria dos médicos de plantão estava assustada demais para sequer chegar perto de Karla, quem dirá operá-la, sabendo que um movimento errado poderia explodi-los ao alto. Porém, quando o chefe Gaxiola Meza pediu voluntários, quatro almas corajosas se aproximaram do desafio: anestesistas Felipe Ortiz e Cristina Soto, enfermeiro Rodrigo Arredondo e a médica Lidia Soto.
Juntamente com dois especialistas em explosivos do Exército mexicano, eles levaram Karla e todos os equipamentos necessários para um campo aberto, onde em caso de uma explosão, ninguém além deles seria ferido.
Os médicos, que não estavam usando nenhum tipo de armadura, fizeram uma traqueotomia em Karla, e começaram a extrair a granada sob a orientação dos especialistas militares. A operação durou até meia-noite, mas no final, o projétil foi removido com segurança e a paciente salva.
Karla Flores perdeu metade de seus dentes, ficou com uma cicatriz gigante no rosto deformado, e os médicos dizem que ela tem pelo menos três anos de cirurgia à frente, mas isso não parece ser um preço tão alto a se pagar, considerando que ela sobreviveu milagrosamente de ser destroçada por uma granada alojada em seu rosto.

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